Enquanto os cientistas avançam nas pesquisas espaciais e na busca por vida extraterrestre, os pesquisadores ainda engatinham em relação a tudo o que pode existir no fundo do mar.
Isso porque, até onde se sabe, determinados pontos do oceano chegam a ter, no mínimo, 11km de profundidade. Deste modo, é impossível alcançar as maiores profundezas do mar.
Por outro lado, diversas pesquisas oceanográficas já vislumbram um cenário em que será possível alcançar áreas mais profundas do oceano. Isso, é claro, com o auxílio de vários recursos tecnológicos.
Quer saber o que a ciência já consegue afirmar que existe no fundo do mar? Portanto, continue acompanhando este artigo!
O que tem no fundo do mar?
Podemos começar com a plataforma continental, que é o nome que se dá às partes mais rasas do oceano, ou seja, o mar que conhecemos quando vamos ao litoral. Esta podem se estender até 500 quilômetros da costa e possui uma profundidade de, aproximadamente, 150 metros abaixo da superfície.
No entanto, depois dessa área, o oceano começa a ganhar ainda mais profundidade. Dependendo do local, pode chegar até 2 km de profundidades.
Até aí, as profundezas do mar são compostas, predominantemente, por areia, rochas e lama formada por matéria orgânica marinha e sedimentos.
Mais adiante, nos locais de afastamento das placas tectônicas, existe o que se chama de grande planície abissal. Estas áreas podem alcançar entre 3.000 e 6.000 mil metros de profundidade.
Além disso, as planícies abissais não recebem luz solar. Deste modo, a vida marinha presente nessas regiões são adaptadas para a sobrevivência na ausência de luz.
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Ainda mais fundo
No entanto, as profundezas do mar não se encerram nas planícies abissais. Bem no meio delas existe, ainda, as dorsais oceânicas. Estas consistem em cadeias montanhosas, como as que temos na superfície terrestre, mas no fundo do oceano.
São áreas em que há placas tectônicas que, hoje, estão se separando. Deste modo, a fim de preencher o espaço entre as placas, o magma do manto da Terra sobe e se integra à crosta.
De acordo com os cientistas, é nessas áreas que as fontes oceânicas de hidrometais ficam concentradas, gerando calor no manto terrestre. Os pesquisadores acreditam que um ambiente como este esteja próximo àquele em que se deu o surgimento da vida na Terra.
Por outro lado, quando as placas tectônicas se encontram, se chocam e se sobrepõem, o oceano chega às suas maiores profundidades. Estas são chamadas, portanto, de fossas oceânicas, e a maior delas fica no Oceano Pacífico: a Fossa das Marianas tem 10.920 metros de profundidade.
Estes, entretanto, são locais inóspitos. Devido à alta pressão e à ausência de luz, é praticamente impossível que qualquer espécie sobreviva. No entanto, ainda há alguns peixes e determinadas bactérias quimiossintetizantes capazes de viver nessas áreas.
Isso porque, para essas espécies, a luz é desnecessária como fonte de energia. Na verdade, elas se alimentam de compostos de enxofre, nitrogênio e ferro, além de moléculas de metano.
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