Comprar um veículo usado usado pode ser uma excelente opção para quem quer economizar e conseguir atender suas necessidades, com um veículo de qualidade. No entanto, você pode se esquecer de checar se o carro já foi batido ou sofreu algum tipo de avaria.
Quando o cliente se encanta por um veículo, geralmente, no máximo, pede para dar uma volta num rápido test drive. Mas saber se um carro já foi batido é importante para evitar dor de cabeça no futuro, com problemas mecânicos e financeiros também.
Antes de mais nada, carros que já sofreram acidentes podem ter problemas que, para quem não é da área, sejam difíceis de perceber. E não estou falando apenas de uma pintura ou retoque malfeito, mas sim, de problemas na estrutura, que podem, inclusive, comprometer a segurança dos passageiros.
Outro fator é em relação ao seguro, porque muitas seguradoras recusam esse tipo de veículo ou elevam muito o valor do prêmio.
Ademais, sobre a parte financeira, um veículo que foi batido perde até 50% do seu valor de mercado. Isso significa que se você comprar um carro com avarias sem saber, mas se na hora da venda o futuro comprador tiver essa informação, você perderá muito dinheiro, mesmo que ele esteja em boas condições de uso.
Então, que tal umas dicas práticas para não cair em armadilhas?
Afinal, como descobrir se o carro já foi batido?
1. Primeiro, inspeção visual
Faróis desalinhados: Os faróis podem ser um forte indicativo de que o carro já sofreu uma batida frontal. Fique atento a qualquer diferença na posição ou funcionamento dos faróis.
Capô com folgas: Se houver alguma folga entre o capô e os para-lamas do carro, é possível que o veículo tenha tido suas peças trocadas. Verifique também as etiquetas nas peças do capô. Peças originais de fábrica geralmente têm essas etiquetas, enquanto peças de reposição não.
Pintura com diferentes tonalidades: Verificar a pintura do carro sob a luz do sol é uma ótima maneira de perceber diferenças de tonalidade. Essas variações podem indicar que o carro foi repintado após uma batida.
Lataria com soldas ou cortes: Olhe de perto a lataria do carro, especialmente na área do porta-malas. Se encontrar soldas ou cortes, o carro pode ter sofrido uma batida na traseira.
Fechos e alinhamentos: Abra e feche todas as portas e o porta-malas para verificar se há alguma dificuldade ou disfunção. Desalinhamentos nas portas, janelas e fechaduras podem indicar um histórico de sinistro.
Chassi: Verifique o número do chassi, que normalmente fica no assoalho da carroceria. Se estiver com danos ou se houver a sigla “REM” abaixo da sequência de números, isso pode indicar que o veículo teve algum sinistro.
2. Test drive: sinta o carro
Depois de uma inspeção visual minuciosa, fazer um test drive é fundamental para perceber qualquer problema que não é visível. Fique atento a barulhos incomuns, movimentações irregulares e no funcionamento geral do carro, como suspensão, freios e motor. Qualquer ruído estranho pode ser um indício de problema.
3. Vistoria
Se você não se sente seguro em fazer a inspeção visual ou o test drive por conta própria, tem a opção de contratar uma vistoria. Profissionais fazem avaliação detalhada do veículo e identificam se já houve batida ou sofreu algum dano.
4. Consulta de placa
Por fim, para ter a certeza que o veículo é realmente aquilo que estão te vendendo, faça uma consulta de placa. O aplicativo De Olho no Carro, por exemplo, é uma das ferramentas disponíveis no mercado que oferece de relatórios completos sobre veículo, tais como dados de cadastro, batidas, roubos, se tem multas, débitos ou até mesmo se já esteve em algum leilão.
Sendo assim, basta fazer um cadastro e depois, fornecer o número da placa do veículo. Com os dados em mãos, você consegue comparar facilmente com o anúncio do veículo e terá mais ferramentas para negociar.
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